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Desconfortos durante a gravidez

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Mensagem  Djane Senna Ter Ago 24, 2010 10:34 am

Para aquelas pessoas que podem aproveitar estes dias quentes é ótimo, porém as grávidas que sentem normalmente os desconfortos fisiológicos da gravidez, dependendo da estação do ano, eles se acentuam e elas sofrem um pouco mais.

É importante que o profissional pré-natalista responsável pela grávida saiba diferenciar o pré-natal de baixo risco onde os desconfortos comuns da gravidez são fisiológicos desta fase, daquele pré-natal de alto-risco, onde alguns desconfortos são sintomas patológicos que acompanham muitas doenças e colocam em risco mãe e o bebê intra-útero. Neste caso a grávida deve ser encaminhada à consulta com o especialista necessário a cada caso. Cabe a gestante observar, registrar e relatar todas as alterações percebidas ao pré-natalista.

No caso das gestantes de baixo risco existem pequenos cuidados que podem ser utilizados para amenizar os desconfortos fisiológicos da gestação, principalmente no verão. São eles:

Mudanças nas mamas: As mamas só amadurecem completamente quando a mulher engravida e produzem leite. O aumento nos níveis hormonais se dá desde o início da gravidez acarretando sensação de estarem cheios, aumento da sensibilidade ao toque. A pigmentação dos mamilos e da aréola aumenta assim como o tamanho desta que é chamado de aréola secundária. Pode ser percebido o aumento das veias, principalmente nas mulheres de pele clara. Os tubérculos de Montgomery (tipo bolinhas localizadas nas aréolas) irão se tornar mais proeminentes. No último trimestre, uma descarga de líquido chamada de colostro pode sair dos mamilos. O colostro é uma substância que é produzida pelas mamas por aproximadamente uma semana e antecede o leite. É rico em anticorpos que funciona como vacina para proteger o bebê de doenças, contém minerais, proteínas e fatores de crescimento e da formação e proteção da flora intestinal. As mamas devem ser bem cuidadas e avaliadas durante a gestação, inclusive para a verificação dos tipos de mamilos; se forem protuzos, planos ou invertidos. Pois dependendo de como são ocorrerá a boa pega pelo bebê e o sucesso da amamentação. É recomendado o uso de sutiã que forneça boa sustentação sem apertar as mamas, com alças e laterais largas. Se for necessário deve ser utilizado durante a noite. Já durante a amamentação este deve ser próprio para expor a aréola e continuar sustentando a mama sem promover compressão facilitando o escoamento do leite.

Aumento de peso: A maioria das gestantes mostra significativo aumento de peso desde o início da gravidez. Fisiologicamente, este ganho de peso inicial pode ser explicado com base no crescimento do aumento do volume sanguíneo, do útero e do crescimento do tamanho das mamas. No último trimestre da gravidez o peso irá aumentar devido ao crescimento rápido do feto. O ganho de peso na gestação é de aproximadamente de 9 a 13 quilos considerado normal devido aos processos fisiológicos (3,5 Kg. do bebê; 1,0 Kg do útero; 1,0 Kg. da placenta; 1,0 Kg. de líquido amniótico; 1,0 Kg. de aumento de líquido circulante e 10% do peso anterior da gestante que podem incluir os depósitos de gordura principalmente nos quadris). Este cálculo é aproximado e depende das condições maternas antes e durante a gestação, além do tipo de dieta que a gestante consome. O ideal é adquirir 20% no primeiro trimestre e 40% em cada um dos demais trimestres. Por este motivo a dieta deve ser equilibrada, nutritiva e o mais natural possível. Por este motivo é sempre aconselhável a gestante consultar o nutricionista para averiguar e orientar a dieta ideal para cada caso e cada fase da gestação.

Cansaço: O cansaço é explicável como efeito secundário pelos altos níveis do hormônio progesterona. A grávida muitas vezes passa por preguiçosa, porém e uma maneira que o organismo encontra de promover um certo repouso nos momentos necessários. A família deve compreender e colaborar. Deve ser respeitado o desejo do repouso que pode ser durante o dia e dormir bem à noite. Praticar exercícios leves, aeróbicos e aqueles indicados por profissional de educação física especializado em trabalhar com gestantes melhora a disposição e o condicionamento físico para o melhor curso da gestação e do parto.

Enjôo: Metade das grávidas se queixa de enjôo. É mais freqüente pela manhã até o terceiro mês e pode retornar por volta do quito mês. Dá-se pela atividade hormonal, que é intensa. Costuma melhorar com orientação da dieta. Diminuir o volume de alimentos e dividi-lo em seis pequenas refeições, além de ingerir torradas secas ou bolachas do tipo “cracker” sem manteiga em jejum pela manhã e alimentar-se vinte minutos após é uma dica que funciona.

Indigestão: Ocorre fisiologicamente devido à ação dos hormônios e a compressão do estômago pelo útero grávido. A gestante nunca se alimentar e deitar em seguida para não dificultar a digestão. O ideal é ingerir alimentos leves em pequenas quantidades, não gordurosos e condimentos.

Azia: Ocorre pela compressão do volume uterino que desloca o estômago para cima favorecendo o refluxo do conteúdo gástrico e também pelo relaxamento do esfíncter gastroesofageano, tudo devido à ação hormonal e fisiológica própria da gestação. As recomendações são as mesmas para indigestão e enjôo.

Varizes e inchaço: O inchaço que comumente ocorre na gestação dá-se pela retenção de líquidos nos pés e no terço inferior das pernas devido à compressão do útero grávido sobre as veias que favorecem o retorno sanguíneo, podendo surgir às varizes. Também pode ocorrer ou aumentar pela de ingestão de grande quantidade (não habitual) de sal pela grávida. Por este motivo a gestante deve evitar alimentos salgados utilizando uma dieta pobre em sal, ingerir bastante líquidos, manter as pernas sempre elevadas quando se sentar, deitar do lado esquerdo favorecendo a circulação arterial e descomprimir a veia cava e receber massagem de conforto nas pernas para reduzir o inchaço e a formação de novas varizes. Se for necessário o uso de meias elásticas é de grande utilidade. A grávida em hipótese alguma deve utilizar diuréticos, pois são prejudiciais e colocam em risco vida de ambos; mãe e bebê no útero.

Distúrbios urinários: Devido à compressão do aparelho urinário (rim, bexiga e ureteres) pelo útero desde o início da gravidez, os sintomas são muito evidentes devido à diminuição da capacidade da bexiga; micções freqüentes e por vezes desconfortáveis devem ser relatadas ao pré-natalista e investigados com exame de urina. Descartada a hipótese de infecção urinária, a grávida deve beber bastante líquido para melhorar a função renal e promove a higiene íntima após cada micção.

Distúrbios cardíacos: Durante a gravidez ocorre uma taquicardia leve que aumenta os batimentos cardíacos em cerca de 20% devido ao aumento da quantidade de sangue que a grávida produz e as modificações no sistema cádio-vascular. O repouso e a tranquilização são suficientes para reduzir algum desconforto associado a esta adaptação da mudança fisiológica. A grávida deve sempre relatar ao pré-natalista esta informação de desconforto cardíaco.

Dor nas costas: A ação hormonal faz com que as articulações dos ossos da bacia e da coluna lombar fiquem mais flexíveis para adaptarem-se ao crescimento do útero e do feto e para o parto. Por este motivo é importante que a grávida não force a coluna com sobrecarga de peso, use sapatos confortáveis e fortaleça a musculatura da região lombar com exercícios específicos orientados por professor de educação física e receba massagens de conforto nestas regiões.

Falta de ar: Dá-se pela compressão do diafragma pelo útero grávido, estes sintomas ocorrem geralmente no final da gestação. Para dormir, por vezes é difícil, neste caso é necessário elevar o tórax com almofadas.

Alterações na pele: A mais comum é chamada de cloasma gravídico, soa manchas que aparecem na face e ocorrem pela atividade hormonal. A grávida deve evitar pegar sol quando apresenta tendência a este evento, pois a mancha dificilmente irá desaparecer por completo. É recomendada a utilização de filtro solar após orientação do dermatologista. Em relação às estrias e celulites é importante não engordar muito e ingerir alimentos ricos em colágeno (caldo de músculo bovino e gelatina) para fortalecer os tecidos de sustentação da pele evitando as estrias e manter uma boa hidratação da pele com óleos de semente de uva e amêndoas doce.

Prisão de ventre: Este é um desconforto muito relatado pelas grávidas, principalmente aquelas que já tem histórico pessoal e familiar. O corre pela atividade do hormônio progesterona que diminui fluidez e a produção de muco intestinal além da compressão dos intestinos pelo útero grávido. O ideal é aumentar a ingesta de fibras (frutas, legumes e folhosos) e de líquidos. A consulta ao nutricionista é aconselhável.

Cãibras: São comuns no segundo e terceiro trimestre da gestação, ocorre por pequenos distúrbios da função muscular. Nestes casos as massagens são necessárias para aliviar as dores e as contraturas. O ideal é a prática freqüente de exercícios de alongamento.

Hemorróidas: São geralmente ocasionadas pelo esforço relacionado às evacuações que podem se agravar pela compressão do útero grávido sobre a região pélvica provocando congestão das veias da mucosa retal e anal. O especialista em proctologia deve ser consultado associado às recomendações para prisão de ventre e repouso.

Sensibilidade dos dentes e das gengivas: Devido à ação hormonal e ao aumento do volume sanguíneo podem ocorrer inchaço e pequenos sangramentos nas gengivas após a utilização da escovação e do fio dental. O interessante é que a gestante busque a orientação adequada com o odontólogo para cuidar dos dentes e das gengivas. Existe anestesia sem vasoconstrictor que a grávida pode utilizar para o tratamento dentário e não prejudicar o bebê.

Freqüentando praia ou piscina: A grávida deve freqüentar nos horários mais recomendados: antes das 10 horas da manhã e após as 15 horas. Se no local escolhido não dispor de sombra terá que levar barraca de praia, viseira ou boné e cadeira, filtro solar para o rosto FPS 30 e para o corpo FPS 15. Não deixe a barriga esquentar, pois dependendo da sua sensibilidade pode provocar hemorragias. Deve se refrescar constantemente, alimente-se de frutas, água de coco e saladas. Cuidado com alimentos oferecidos nestes locais, talvez seja mais seguro levar algo de casa. Se os pés e as pernas começarem a inchar procure descansar e eleve-as. Uma boa pedida é caminhar na areia ao por do sol, além de relaxante ajuda a circulação e a reduzir o inchaço. Bom verão mamãe !

Como receber a assistência necessária: No consultório através das consultas do pré-natal voltado para o cuidado materno e com o bebê (característica marcante das consultas com a Drª Enfª Fátima Reis), as gestantes recebem toda a atenção necessária, que vão desde o exame físico obstétrico, permeando todo o esclarecimento de dúvidas em várias temáticas, a avaliação das mamas para a amamentação com sucesso e a assistência para o trabalho de parto e o parto e os cuidados com o recém-nato.
Djane Senna
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