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A cesariana

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Mensagem  Djane Senna Ter Ago 24, 2010 12:08 pm

A Cesariana

Quando a cesariana é necessária?

Algumas mulheres já sabem que vão precisar de uma cesárea logo de cara, por apresentar alguma complicação. Em outros casos, a decisão pode ocorrer somente durante o trabalho de parto.

Veja abaixo algumas condições em que uma cesariana costuma ser previamente programada:

• O bebê está em posição sentada ou de lado; ele apresenta alguma doença ou anormalidade já conhecida.

• Gestação de três ou mais bebês ao mesmo tempo.

• A mãe está com uma erupção de herpes genital, infecção que pode ser transmitida ao bebê em caso de parto vaginal.

• A mãe tem placenta prévia (que ocorre quando a placenta se implanta em um local tão baixo do útero que bloqueia a saída do bebê) ou descolamento prematuro da placenta (a placenta se separa da parede uterina antes da hora, colocando o feto em risco).

• A mãe tem piora em um estado de pré-eclâmpsia, o que torna arriscado esperar por um parto normal.

• Histórico materno de cirurgias uterinas invasivas ou de cesáreas anteriores (mais de uma).

• Problemas de coluna ou de quadril que impossibilitem a mulher de ficar em posição ginecológica.

Vários motivos levam a uma cesariana de última hora, decidida depois que o trabalho de parto já começou. Sempre que houver uma situação crítica, a cesariana é o modo mais rápido de tirar o bebê a salvo, como nas seguintes hipóteses:

• A frequência cardíaca do bebê está irregular, o que indica que ele talvez não consiga passar por um parto vaginal.

• Prolapso do cordão umbilical -- o cordão aparece antes do bebê, o que o deixa vulnerável a ser comprimido durante o parto, o que poderia cortar a fonte de oxigênio da criança.

• A placenta se descolou.

• O bebê não está se movimentando pelo canal do parto porque o colo do útero parou de dilatar ou por alguma outra razão.

Como é uma cesariana?

O obstetra realiza uma incisão no abdome e no útero da mulher e retira o bebê através desse espaço.

Normalmente, seu parceiro poderá acompanhar o parto. Em raros casos de emergência, ele não vai poder estar a seu lado.

Na maioria das cesarianas é realizada uma anestesia peridural ou raquidiana, ou ainda uma combinada, para que a mãe possa permanecer acordada e acompanhar a chegada do bebê.

Além da anestesia, serão colocados uma sonda para urina e soro intravenoso (para administração de soro ou remédios, se necessário). A frequência cardíaca da mãe é acompanhada por um monitor.

A área abaixo dos seios será isolada por um protetor durante a cirurgia. Muitas mulheres pedem a seus médicos para que expliquem passo a passo o que está acontecendo e, principalmente, para que saibam exatamente o momento em que o bebê vai nascer. Você pode combinar com o obstetra para que a equipe coloque música na sala de parto.

Uma vez que você esteja completamente anestesiada, o obstetra vai fazer um pequeno corte horizontal na pele acima do osso púbico, um pouquinho embaixo da "linha do biquíni", e, em seguida, um outro na parte inferior do útero. No total, são sete camadas de tecido que são cortadas.

O bebê é então retirado. Tudo isso em poucos minutos. Você pode se surpreender com o estica-e-puxa para tirar o bebê -- não vai doer, mas é uma sensação no mínimo diferente. E não é incomum o anestesista ou algum enfermeiro ajudarem empurrando o bebê por cima da sua barriga. Não se assuste.

Um pediatra vai rapidamente avaliar o recém-nascido, que será então mostrado a você. Se estiver tudo bem, o papai pode segurar a criança enquanto a placenta também é retirada e os pontos são dados em cada uma das sete camadas de músculo e pele, o que leva cerca de 30 minutos.

Quando a cesárea terminar, você vai ser transferida para uma sala de recuperação, enquanto o bebê vai para o berçário, onde será identificado e colocado em uma incubadora ou berço aquecido por algumas horas. Depois, uma enfermeira trará seu filho até você e a ajudará a amamentar. Às vezes é mais confortável ficar deitada de lado e colocá-lo assim também, cara a cara com você. Após uma cesariana, costuma levar algum tempo para as mulheres encontrarem posições confortáveis para a amamentação, mas vale a pena insistir, já que só tende a melhorar.

É verdade que o número de cesarianas no Brasil é alto demais?

Devido ao tamanho do país e às grandes diferenças socioeconômicas regionais, a taxa de cesarianas varia bastante, principalmente se se compararem os centros urbanos às áreas rurais mais distantes. Ainda assim, segundo dados do Ministério da Saúde, em torno de 40 por cento dos partos realizados no Brasil são cesarianas -- e se só a rede particular for considerada, as cesáreas chegam a até 90 por cento em alguns hospitais. O número, que coloca o país nas primeiras posições mundiais para esse tipo de procedimento, ultrapassa drasticamente o parâmetro de 10 a 15 por cento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


Tudo bem se eu preferir ter o bebê por cesariana?

O importante, antes de tomar essa decisão, é conhecer bem os dois tipos de parto, para saber o que acontece em cada um (na cesariana e no parto vaginal), e conversar bastante com várias pessoas sobre o assunto. Se sua maior preocupação é a dor, saiba que é difícil escapar totalmente dela, em um ou outro caso, antes ou depois do parto. Você também pode trocar idéias com suas amigas e ler histórias de parto para sentir como as coisas acontecem na vida real.

E se eu não quiser me submeter a uma cesariana?

Embora no Brasil muitas cesáreas sejam feitas por escolha da própria mãe, sem nenhuma recomendação médica específica, a verdade é que em alguns casos ela é realizada para salvar a vida da mãe ou do bebê (às vezes de ambos). Há algumas maneiras de tentar reduzir as chances de você ter que passar por uma:

• Descubra qual a linha de conduta do seu obstetra e, se achar que ele é "cesarianista" demais, procure outro assim que puder. De preferência essa conversa deve acontecer antes mesmo da gravidez.

• Mantenha-se saudável durante a gestação, comendo bem, praticando exercícios e descansando bastante, para quando o trabalho de parto começar, você estar nas melhores condições possíveis.

• Descubra qual é porcentagem de cesáreas na sua região; se tiver como escolher o hospital ou maternidade em que terá o bebê, compare essa porcentagem em cada um deles.

• Considere o acompanhamento da gravidez e do parto por uma enfermeira obstétrica, já que pesquisas indicam que a participação delas está ligada a uma incidência menor de cesáreas. Os planos de saúde estão começando a cobrir o trabalho desses profissionais. Informe-se a respeito.

• Deixe claro para o seu obstetra que gostaria de tentar o parto vaginal.

• Durante o trabalho de parto, fique em uma posição ereta pelo maior tempo possível. Andar e permanecer de pé ajudam a acelerar o processo, fazendo com que as contrações sejam mais fortes, longas e eficazes. Mesmo a posição sentada é melhor do que a deitada para diminuir significativamente o tempo de trabalho de parto.


A cesariana tem riscos?

Os médicos sempre dizem que toda cirurgia tem riscos, e a cesariana é uma cirurgia. Há risco maior de infecção pós-parto, por exemplo, ou de problemas na cicatrização (como a formação de hérnias ou quelóides), e até de acidentes cirúrgicos. Por outro lado, trata-se de um procedimento rotineiro e relativamente simples, que na maioria das vezes transcorre sem problemas.

Mulheres que tenham uma camada mais espessa de gordura na barriga (que já eram obesas antes da gravidez) podem enfrentar mais dificuldade na cicatrização do corte. E, como, geralmente, a idade gestacional não pode ser calculada com precisão, porque a mulher nunca sabe exatamente quando ovulou, existe um pequeno risco de o bebê nascer antes do tempo se a cesariana é marcada com antecedência -- o que pode causar problemas respiratórios devido à imaturidade dos pulmões. Alguns especialistas acreditam também que a ação dos hormônios envolvidos no trabalho de parto evite dificuldades respiratórias no bebê.







Djane Senna
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